A produção de vinhos na Fazenda Capetinga, em Três Pontas, Sul de Minas Gerais, começou de maneira bem despretensiosa no ano de 2006. No município que pertence à tradicional região cafeeira e de grãos, um parreiral de vinte e um hectares deve produzir em 2021 mais de 40 mil garrafas do vinho Maria Maria, premiado internacionalmente.
Em 2017, a marca participou pela primeira vez do Decanter World Wine Awards. O prêmio é organizado pela revista Decanter, uma das mais tradicionais e respeitadas publicações sobre vinhos no mundo, na Inglaterra. Este ano 56 países enviaram mais de 18 mil amostras, explica Eduardo Junqueira Nogueira Neto, sócio-proprietário.
“Três palavras definem o trabalho: consistência, honra e agradecimento. Há cinco anos conseguimos um bronze com o nosso vinho gran reserva, uma bebida mais elaborada e conservada em barris de carvalho europeu. Neste ano de 2021 levamos mais duas medalhas na maior edição já realizada pela Decanter. Nossos rótulos premiados foram o Sauvignon Blanc 2020, com 90 pontos e medalha de prata, e o Syrah/Cabernet Sauvignon Gran Reserva 2017, com 88 pontos e medalha de bronze”, finaliza Eduardo.
São engarrafados quatro tipos de vinho: o Sauvignon Blanc (branco), Syrah (tinto), Syrah/Cabernet Sauvignon (gran reserva), e o Syrah Rose (rose). Cada vinho leva o nome de uma mulher ligada à família do Eduardo. Na primeira safra, os vinhos se chamaram Agda (Syrah 2013), bisavó; Ada (Sauvignon Blanc 2013), tia avó; e Anne (Syrah Rose 2013), cunhada.
Foto: vinhos premiados são produzidos em Três Pontas (MG)/Arquivo Fazenda Capetinga
Amizade estampada no rótulo. O nome é uma homenagem ao cantor e compositor Milton Nascimento, que compôs em parceria com Fernando Brant a música “Maria Maria”, tradução da força da mulher brasileira. Amigo da família, Milton certa vez visitou a fazenda em Três Pontas, onde passou boa parte da infância, e ficou surpreso com a produção de uvas especiais.
“Ele [Milton] virou para meu pai e disse que era loucura plantar uvas no Sul de Minas. Por conta da amizade dos tempos de juventude em Belo Horizonte, o projeto foi em homenagem ao Milton”, completa Eduardo.
Foto: parreiral de 21 hectares
Eduardo Junqueira Nogueira Júnior, pai de Eduardo Junqueira Nogueira Neto, sofreu um ataque cardíaco e a partir daí iniciou novos hábitos alimentares. Por indicação médica, deixou a cerveja e passou a consumir todos os dias uma taça de vinho após viajar para vários lugares do Brasil e América do Sul. Com a ajuda de um pesquisador, Murillo Albuquerque Regina, implementou no parreiral, em 2009, uma técnica chamada de dupla poda ou poda invertida, que permite aos produtores colher a uva no período mais seco e, assim, garantir maior qualidade dos vinhos.
Foto: Eduardo Júnior (de camiseta preta) e Eduardo Neto (de camisa polo) recebem visitantes/Arquivo Fazenda Capetinga
What is Lorem Ipsum? Lorem Ipsum is simply dummy text of the printing and typesetting industry.… Ler Mais
Entenda os desafios da safra em 2022 Ler Mais
Evento virtual vai debater o futuro e as tendências do cultivo de grãos no Brasil Ler Mais
Simpósio vai discutir técnicas e experiências no manejo de palma e vai contar com três… Ler Mais
Agronegócio foi responsável por 44,2% das exportações totais brasileiras Ler Mais